:: 18/jul/2025 . 11:11
ECONOMIA | ESTADOS UNIDOS, SEU PNB E SEU IMPACTO DE ULTRADOMINÂNCIA MUNDIAL

ARTIGO
O mundo ainda está tentando entender o que é poder. A maioria olha para o tamanho do exército, o número de habitantes, a quantidade de portos ou a balança comercial. Mas isto é visão de colônia. De peão. De quem pensa que estatística faz império.
Poder de verdade não está no que você tem, mas no que você não precisa pedir.
Os Estados Unidos são a única nação do planeta que, se quiser, pode desligar o mundo. Não no botão da guerra, mas no da produção. Porque enquanto os analistas aplaudem o PIB, o verdadeiro trono está no PNB — o Produto Nacional Bruto. E ele não é só número. É o retrato de um império que lucraria mesmo se estivesse em coma.
Trinta trilhões de dólares. Este é o PNB dos EUA. Trinta trilhões produzidos, investidos ou controlados por americanos — mesmo quando a fábrica está em Xangai, o chip em Taiwan e o navio ancorado em Singapura. Agora pare e imagine: e se metade disso fosse trazido de volta? Não o lucro, não os dividendos — mas a linha de produção inteira. As fábricas. O maquinário. Os operários. O suor. O aço. A inteligência. O código. Não é repatriação de capital. É repatriação do mundo.
Coloca isto dentro das fronteiras americanas e você cria uma economia de 45 trilhões de dólares, com base energética própria, consumo interno inigualável, inovação autogerada, inteligência artificial a serviço da fábrica — e tudo isto blindado por porta-aviões e pelo dólar.
A China? Sufoca. Porque o milagre chinês não foi criado em Pequim. Foi criado em Michigan, Silicon Valley, Kansas, Indiana — quando empresas americanas decidiram terceirizar a espinha dorsal do mundo para reduzir custos. O que Trump propõe agora é simples: a espinha dorsal volta para casa. E com ela, o comando central.
Enquanto isto, o chinês médio ainda vive com mil reais por mês. O yuan continua sendo uma moeda que ninguém quer guardar. E a população, que é gigantesca no número, continua rasa no poder de compra. É uma economia de escala sem densidade. Um colosso estatístico de pés comunistas e caixa ocidental.
E aqui está o truque: os EUA não precisam exportar para sobreviver. Eles exportam por esporte. O consumo interno americano movimenta 70% do próprio PIB — algo que nenhum país sequer ousa sonhar. Isto significa que eles podem produzir, vender e lucrar sem sair do próprio quintal. E quando exportam, exportam para aliados que dependem deles militarmente, diplomaticamente, energeticamente, tecnologicamente — em tudo.
Japão? Protetorado elegante.
Alemanha? Satélite OTAN com vinho e culpa.
Brasil? Buffet de commodities esperando bênção alfandegária.
Coreia do Sul? Base militar com Wi-Fi.
Europa? Museu com bandeira azul.
China? O fornecedor descartável da festa para a qual não foi convidado.
Isto não é arrogância. Isto é estrutura. Isto é o que acontece quando um país descobre que pode dominar o mundo sem invadir ninguém, apenas trazendo tudo de volta e dizendo: “agora é daqui pra fora”.
E quando o mundo perceber que está preso ao dólar, à proteção militar, ao algorítmo americano, ao suprimento de semicondutores, aos satélites americanos que geram dentre outras coisas o sistema de GPS mundial, às redes sociais, à cultura e ao sistema financeiro, já será tarde demais.
Não haverá terceira via. Não haverá BRICS. Não haverá multipolaridade. Só haverá órbita. E no centro estará um país que parou de emprestar sua produção para os outros e decidiu trabalhar para si.
Esta não é uma revolução. É uma retomada divina do que sempre foi deles. O império está de volta. Mas desta vez, sem pedir desculpas.
Verdade absoluta👆🏼
Diogo Muguet – Economista, Matemático, Assessor Parlamentar, Analista Político.
BAHIA PODE PERDER DUAS CADEIRAS NA CÂMARA APÓS VETO DE LULA SOBRE AUMENTO DO NÚMERO DE DEPUTADOS

A Bahia poderá perder até duas cadeiras na Câmara dos Deputados após o veto integral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto que aumentava de 513 para 531 o número total de parlamentares federais. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (17), no Diário Oficial da União, e atinge também a composição da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), que pode sofrer redução proporcional.
O governo justificou o veto apontando que a proposta “não observou os princípios da eficiência e da responsabilidade fiscal”, e que a ampliação de cadeiras teria impacto direto nas despesas públicas, contrariando o equilíbrio orçamentário exigido pela legislação.
A proposta vetada havia sido aprovada pelo Congresso como forma de cumprir uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que exige a redistribuição das cadeiras da Câmara com base no Censo Demográfico de 2022. A Constituição estabelece que a representação deve ser proporcional à população de cada estado, mantendo um mínimo de 8 e um máximo de 70 deputados por unidade da federação.
Com o veto presidencial, a tarefa de aplicar a nova divisão entre os estados caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que fará a redistribuição sem alterar o número total de deputados. Estados do Nordeste, como a Bahia, devem ser os mais afetados pela perda de representatividade, enquanto regiões com maior crescimento populacional, como o Sudeste e o Centro-Oeste, podem ganhar cadeiras.
O Congresso ainda pode derrubar o veto, caso haja maioria qualificada em votação nas duas casas legislativas.
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