A bancada do PP, partido do vice-governador João Leão, liderou na última terça-feira (26) na Assembleia Legislativa uma iniciativa contra o governo, ao se recusar a comparecer para votar um projeto do Executivo.

Por ‘falta de quórum da base’, a sessão caiu sem que fosse apreciada a proposta que autoriza a renegociação de dívidas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O texto tramita na Casa desde o começo de agosto e entrou na Ordem do Dia no último dia 12 de setembro.

A ausência dos parlamentares do PP foi notada ainda no plenário pelo deputado Marcelo Nilo (PSL), que questionou “se o PP do vice-governador estava boicotando” a votação.

Além de não marcar presença, os pepistas também teriam convencido outros deputados, como Nelson Leal (PSL) e Manassés (PSL), a fazer o mesmo.

Vice-presidente da Assembleia, o deputado Luiz Augusto (PP) afirmou que a bancada estava “chateada” e “insatisfeita” com uma promessa que não teria sido cumprida pelo secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes (PT), feita à época da última viagem do governador Rui Costa à China, quando Leão assumiu a chefia do Executivo baiano.

“É porque o Josias tinha combinado uma coisa com Leão e não fez. […] Resolvemos não participar”, admitiu o pepista. O vice-presidente da AL-BA negou que o boicote tenha sido coordenado pelo próprio Leão, mas disse que o vice-governador concordou com a atitude da bancada. “Na hora [que combinamos], ele não estava. A bancada decidiu. Ele soube depois e concordou com a gente”, contou.

Luiz Augusto não quis revelar qual seria a “promessa” descumprida. “É algo muito pequeno, coisa de interior”, desconversou. O deputado também não adiantou se a bancada manterá a postura nas próximas semanas. “Vamos conversar com Leão”, resumiu.

A base de Rui não é mais tão sólida, neste final de governo.

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