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Nos últimos dias do governo do ex-prefeito Zé Carlos, uma estranha articulação tomou conta dos bastidores da prefeitura, sob o comando de secretários e assessores municipais, que tentavam, freneticamente, dar uma destinação mais ‘proveitosa’ aos mais de R$ 2 milhões de reais da repatriação, recursos que poderiam cair nas conta do município, no apagar dar luzes.

A ‘estratégia’ adotada foi a de usar esses recursos para pagar grandes prestadores de serviços e fornecedores, credores antigos da prefeitura, alguns deles dispostos a fazer qualquer negócio para receber o que lhes era devido.

Para isto, entretanto, os ‘homens de confiança’ do prefeito em fim de mandato passaram a exigir gordas comissões desses credores, em alguns casos em torno de 50% dos valores devidos, para liberarem os pagamentos.

PROPINA DE R$ 300 MIL

A um desses credores, cujo crédito com o município se aproxima dos R$ 800 mil, foi cobrada uma propina de R$ 300 mil reais, mas o credor achou o pedido exagerado e contrapôs pagar apenas R$ 50 mil. Choro pra lá, choro pra cá, o valor da propina morreu em R$ 120 mil reais.

Para garantir que não tomariam calote do empresário, os ‘propineiros’ de Zé Carlos pediram garantias reais, chegando a exigir uma caminhonete cabine dupla como ‘caução’, mas o credor disse que só poderia dar um cheque pré-datado, o que acabou sendo aceito, mesmo a contragosto.

PROPINA DE 50%

Para um outro empresário, cujo crédito era de valor bem menor, o valor da propina deveria ser de 50% do valor do débito com o antigo ‘freguês’, cujos contratos sempre foram superfaturados e metade dos valores devolvidos aos secretários da área de finanças, ano após ano.

E nesse embalo, o valor da dinheirama ficou totalmente ‘coberto’ com pagamentos a antigos credores, cujos empenhos já se encontravam em cima na mesa, restando a emissão dos cheques e o recebimento das propinas, fruto da extorsão mais escancarada da história de Itapetinga.

O ESQUEMA  FUROU

Toda essa maracutaia acabou ‘melando’, por uma única razão: os recursos da repatriação só entraram na conta da prefeitura do final da tarde do dia 30 de dezembro, quando as compensações bancárias já haviam sido encerradas e os bancos fechados para balanço de final de ano, ficando as verbas da repatriação para uso da nova gestão que tomou posse no dia seguinte.

Segundo fontes ligadas à prefeitura, a meta dos bandidos de Zé Carlos era ‘papar’ algo em torno de R$ 600 mil, em um só dia, e um abraço.

Imaginem o que não ‘paparam’ em 8 anos de uma administração incompetente, pervertida e corrupta.

Tem ‘nêgo’ rico aí…

Por Davi Ferraz

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