RUBINHO E CIA

Por Milton Marinho 

Na política, o termo acender uma vela para Deus e outra para o diabo é muito comum. Isto se dá quando o cabo eleitoral, ou quando cidadão considerado liderança no município se aproveita de ocasiões que o coloca em posição estrategicamente “confortável” sob o ponto de vista do oportunismo eleitoral, deixando a sociedade entrever que o “distinto”, assim se dispõe para se dar bem de qualquer jeito em ambos os lados. Isso também se aplica certamente àquelas pessoas ambiciosas ao extremo; que não se satisfazem somente com o que lhe é necessário, com o que está ao seu alcance; enfim, pessoas que fazem qualquer coisa para conseguir o que querem a todo custo. 

Rubinho que é do PT, agora resolveu fazer campanha para um candidato que é aliado do inimigo do partido dele, o deputado Erivelton Santana que está com Paulo Souto e a turma do DEM. Do ponto de vista social, estes nomes representam para a esquerda do PT, um retrocesso sem igual. Então, como é que pode isso?

Na realidade, o radialista Rubinho desconhece a cartilha do partido em que está filiado, partido esse, que, por mais de cinco anos, comeu e se lambuzou do prato que agora cospe; assim, como também desconhece a bíblia que ele diz pregar. Bóia ele, na superfície desses dois mares: o da religião, e o da política, sem ciência em nenhum dos dois; até porque, para que ciência? O negócio é governar na bistunta.

Na política, o dinheiro fala mais alto; na religião, Rubinho fica pendurado num único bordão: “Deus está no controle” utilizando o slogan como propaganda ao seu favor, como se não soubéssemos dessa condição, achando que Deus não sabe dos seus malabarismos, no intuito de Transformá-lo em seu mais poderoso cabo eleitoral.

O Brasil está cheio dessas figuras em busca do poder, que, em curto espaço e tempo, só vamos saber quem elas são de verdade quando dermos o poder a elas. Tratando de Itororó, quem não se lembra de Adroaldo? – Todas elas, são figuras legítimas, permitidas pela parte perniciosa e má da democracia, lugar, onde Rubinho se formou em busca de poder, e que até hoje se localiza, construindo seu progresso particular para ocupar mais espaço na vida pública.

Se, por acaso, um dia, ele conseguir fazer essa fusão, juntar trairagem, astúcia e messianismo, a alquimia pode dar certo, e ele, na calada da noite vire uma autoridade no município, e, será mais um prefeito com todos os predicativos dos demais que elegemos nos últimos anos. Enquanto isso, o nosso radialista, de sua moita, continua acendendo velas para todos os deuses da política baiana em busca de uma benção financeira, que alimentará cada vez mais a sua desmesurada ambição.

Se Erivelton Santana e Paulo Souto vencerem as eleições ele se arma. Paralelamente trai o seu partido dando um “cano de carroçaria” em seus líderes Adroaldo e Geraldo Simões; eles estão engolindo tudo isso, em nome de uma meia sola, ou uma “mea culpa”, feita por Rubinho de não está de um todo desligado do partido, apoiando o estadual do PT Rosemberg Pinto.

Rubinho, nessa eleição, talvez não tenha exclusividade nessa matéria de acender suas velinhas para os seus deuses, mas que soa estranho você votar e pedir voto para um candidato adversário mantendo um toco de vela acesa no castiçal de sua casa, ah, isso é muito estranho.

Diante dessa patifaria toda, Deus não participa. Ele desliga o controle.

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