Prof. José Rubens Mascarenhas de Almeida : O Governo neocarlista do PT baiano adotou, há alguns anos atrás, frente à livre manifestação política daqueles que se opõem ao seu modo de governar, a prática “anacrônica” do fascismo, ao apelar para o corte de salários das categorias que fazem uso da greve como instrumento político. Nada que a História não possa explicar.

O Fascismo foi um regime político implantado por Benito Mussolini na Itália na segunda década do século XX e tinha como emblema um machado cujo cabo era rodeado por um feixe (por isso fascio) de varas que, por sua vez, fora também uma insígnia dos antigos lictores romanos (oficiais que serviam aos magistrados romanos, no seu imperium).

Usamos a categoria fascismo para distinguir a repressão do Governo da Bahia à legítima manifestação da classe trabalhadora por entendermos a tomada de decisão por parte do executivo como provável de tal movimento. Apelando para o totalitarismo, o governo do PT, recorre ao terrorismo barato típico da burguesia mais reacionária até hoje no poder. O corte de salários dos docentes em greve é bastante representativo disso, por atentar, de forma ilegítima e ilegal, contra os fundamentos mesmos da lei burguesa e da mísera democracia que a sindical-burguesia, atualmente dependurada no aparelho estatal, se diz defensora, pois impede a livre manifestação política daqueles que se opõem à sua opressão. Aprendizes de ditadores da escola de Mussolini, os burocratas estatais sequer apelam para o judiciário – como o fazia o carlismo tradicional – antes de recorrer a tal medida ditatorial. 

Mas, o terrorismo de Estado vem acompanhado. Tentando jogar a sociedade contra o movimento grevista, que conta com a adesão do Movimento Estudantil, o neocarlismo baiano evidencia sua “síndrome de Pinóquio” e faz uso do dinheiro público para pagar publicidade mentirosa que só pode convencer os mais desavisados. Tal comportamento inescrupuloso merece uma resposta educativa por parte dos docentes das UEBA, acompanhado da lição pedagógica de denúncia política por malversação do dinheiro público para espalhar mentiras oficiais e confundir a opinião pública.

A pergunta que não quer calar é: Que resposta o Movimento Docente dará ao terrorismo de Estado e às mentiras deslavadas do neocarlismo capitaneado pelo senhor Jacques Wagner e seus sequazes?

O Movimento Docente EM GREVE deve RADICALIZAR! Aliás, não lhe resta outra saída. E deve ser ampliado com os demais setores sociais insatisfeitos com a sistemática política de sucateamento dos serviços públicos dos governos federal, estadual e municipal quando temos motivos mais que suficientes para potencializar a luta:

– As quatro universidades estaduais estão uníssonas na greve;

– Os discentes têm dado amplo apoio ao movimento grevista;

– A sociedade tem recebido muito bem as demandas e proposições do Movimento Docente/Discente, havendo quase um consenso em relação ao inegável desmonte dos serviços públicos desfechado pelos governos nas três esferas, apesar das mentiras oficiais. Cabe ao Movimento mostrar para onde o Estado desvia – e com que objetivos – os recursos que tira da educação, da saúde e da segurança;

– Setores sociais importantes (principalmente os da saúde e da segurança) têm apontado para o instrumento da GREVE contra a intransigência, o descaso e os ataques da burguesia financeira representada pelos governos petistas.

Ao Movimento Docente/Discente não resta outra saída senão o enfrentamento ao governo da mentira, desmascarando-o com informações certas e seguras; apresentando os sujeitos que contribuem (presentes no governo, mas ausentes na luta pela defesa das conquistas sociais) para o desmonte da educação pública (e de todo o serviço idem); mostrando à sociedade que o Estado inviabiliza a educação pública, avilta os professores, toma medida terrorista ilegítima e ilegal e assume, publicamente, sua irresponsabilidade social. Por fim, enfatizando a premissa de que um governo abusivo em seu poder midiático, que persegue, apela para o terrorismo de Estado, e mente descarada e oficialmente para seu povo não merece nenhum respeito.

A GREVE É UM INSTRUMENTO LEGÍTIMO DA CLASSE TRABALHADORA!!!

CONTRA O DESMONTE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE RESPONSABILIDADE DO ESTADO!!!

José Rubens Mascarenhas de Almeida

Docente da UESB-VC

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