Com o fechamento do tradicional Ginásio Agro Industrial e o esvaziamento do Colégio Estadual Alfredo Dutra, só restou em Itapetinga uma única escola estadual voltada ao ensino médio, o Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães.

Para tentar uma vaga para seus filhos, pais de alunos de todos os bairros da cidade se concentram na porta do Colégio Modelo, desde a noite do último domingo, muitos deles sem qualquer esperança de alcançar êxito, já que a escola tem que dar prioridade aos alunos da casa, restando poucas vagas para os remanescentes das escolas fechadas.

No início da noite desta terça-feira (22), a reportagem do Sudoeste Hoje foi até o Colégio Luiz Eduardo Magalhães e flagrou mais de 300 pessoas na fila, sendo que muitas delas já haviam dormido no local desde as noites de domingo para segunda e de segunda para hoje, para aventurar uma senha que não dá garantia da matrícula, já que as vagas são limitadas.

O mais absurdo é a presença de alunos de bairros distantes como a Vila Isabel e Residenciais 12 de Dezembro e José Ivo, que poderiam ser matriculados no próprio Industrial e no Alfredo Dutra, que agora aventuram vagas no distante Colégio Modelo, por culpa da insensibilidade do governador Rui Costa e seus cortes inconsequentes de despesa. Vale lembrar que o Alfredo Dutra tem estrutura, quadro de pessoal e sobra de professores, muitos deles fora da sala de aula, por falta de alunos.

Se sobra aluno e falta vagas no Modelo, porque não direcioná-los para o Alfredo Dutra e Industrial? O que acontecerá com os alunos que não conseguirem a matrícula no Modelo? Vão pra rede particular ou para os cursos ‘profissionalizantes’ do esvaziado Alfredo Dutra?

Me respondam essa aí, Alécio Chaves e Rosemberg…

Por Davi Ferraz 

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