Na audiência desta quarta-feira (10) o réu se enforcou em sua própria corda. Quem é do meio jurídico sabe disso. Para a plateia petista, a encenação do ex-presidente foi um triunfo. Para a Justiça, encenações não tem valor nenhum. Vale o que foi dito, vale o que irá constar nos autos.

Sérgio Moro, estrategista nato, talentoso no sentido de extrair revelações de seus interrogados, deu a corda e Lula, na expectativa de dar show, se enrolou e assinou sua sentença.

Entre tantas situações expostas, duas são fundamentais, marcam a confissão de dois crimes e dão o sustentáculo necessário para tudo o que foi dito por Léo Pinheiro e Renato Duque.

Lula confessou explicitamente que negociou a reforma do sítio em Atibaia e que recebeu Léo Pinheiro em sua casa para tratar do assunto (veja aqui).

E num outro deslize fatal, nas respostas que deu sobre Renato Duque, envolvendo o recebimento de propinas com a OAS, Lula confirmou o encontro num hangar de um aeroporto. Só os dois, ele e Duque. Mais do que isso, Lula reconheceu que o encontro foi intermediado pelo ex-tesoureiro João Vaccari.

Tais revelações, além de bombásticas, contrariam toda a linha da defesa. As sentenças que serão prolatadas pelo juiz Sérgio Moro, refletirão o dano.

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