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Não sei, não vi, não autorizei, são palavras pronunciadas por todos aqueles citados na Lava-Jato. Dinheiro para cá, dinheiro para lá, e ninguém autorizou. O beneficiário não sabe de nada e tem gente que jura que nunca viu a cor do dinheiro. Corruptos e corruptores se sentem injustiçados por estarem sendo cobrados pelas “maracutaias” que praticaram.

Desespero quando bate na porta faz o inquilino pensar na política do dano menor. Não foi enriquecimento ilícito, não foi lavagem de dinheiro, não foi corrupção, não foi propina, tudo isto que estamos assistindo foi simplesmente caixa 2. Dinheiro para ser aplicado nas campanhas políticas.

Um artigo de J.R.Guzzo escrito para Veja nos leva para refletir: como as doações das empresas estão legalmente proibidas, os políticos querem que a população pague diretamente as despesas de suas campanhas eleitorais… Nada como um cofre público aberto para unir esquerda e direita no Brasil… O contribuinte, que já é roubado nos leitos dos hospitais, nos esgotos, na segurança e em todos os demais serviços públicos que paga e não recebe, será roubado agora para pagar as despesas dos políticos que o roubam.

Os políticos querem continuar fazendo política com o dinheiro dos outros. Ninguém  quer meter a mão no próprio bolso ou convencer o grupo que ele vai representar e defender os interesses a investir na campanha política.

Este papo de que financiamento público vai moralizar as campanhas políticas é estória para boi dormir. Quem está acostumado com o esquemão não vira “santo” da noite para o dia. O verdadeiro castigo para o político é deixá-lo entregue a própria sorte. Vá de casa em casa para dizer o que quer fazer, convença o segmento que quer representar, procure os amigos, meta a mão no próprio bolso, mais deixe o nosso dinheiro em paz.

Se alguém quer ajudar um político conquistar mandato é problema seu e não da população.

Por José Elias Ribeiro

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