Mauricio Dias alertou sobre a grave crise das Santas Casas na Bahia, principalmente em Vitória da Conquista, Itabuna e Ilhéus, onde hospitais estão sendo fechados.

Mauricio Dias alertou sobre a grave crise das Santas Casas na Bahia, principalmente em Vitória da Conquista, Itabuna e Ilhéus, onde hospitais estão sendo fechados.

Responsáveis por mais de 30 mil postos diretos de trabalho, 17 Santas Casas de Misericórdia da Bahia podem fechar em até um ano. O dado é do presidente da Federação das Santas Casas da Bahia (Fesfba), Maurício Dias. Sem poder relevar quais são as 17 unidades, Dias relatou ao Bahia Notícias que a situação é mais grave em três unidades: Itabuna, Vitória da Conquista e Ilhéus.

Ainda de acordo com ele, as 17 unidades devem algo em torno de R$ 500 milhões e estão com os repasses atrasados. “Essa dívida só faz aumentar, então em 60 dias, se nada for feito, essas três mais graves vão fechar, assim como fechou da de Cruz das Almas, Senhor do Bonfim, Nazaré das Farinhas…”, enumerou.

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A falência do sistema de atendimento das Santas Casas na Bahia, segundo o presidente, deve-se à forma com que os recursos são repassados. “A situação é muito difícil para todas. Os incentivos federais ajudaram na diminuição do déficit, mas ainda são insuficientes. Uma entidade não contratualizada recebe R$ 1 e gasta R$ 2,20 num atendimento. É um prejuízo de R$1,20. Se a entidade for contratualizada, ela gasta R$ 0,75 desse um real. Ou seja, sempre estamos no prejuízo”, explicou.

A saída encontrada pelos provedores das unidades é pedir empréstimos a bancos para pagar os salários e evitar greves. No entanto, a estratégia ajuda a afundar mais ainda as contas. “No banco mais barato, pagamos taxas de juros de 27% ao ano. Esse custo consome o equivalente a dois meses e meio de produção da unidade. Isto não pode continuar como está. Acaba virando uma bola de neve”, desabafou.

Atualmente, existem 64 Santas Casas na Bahia, o número, no entanto, deve diminuir para 63 já em janeiro de 2015, já que a unidade de Itabuna irá fechar por conta de uma dívida de mais R$ 12 milhões.

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